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| Jovita Feitosa, voluntária do 2º Corpo de Voluntários da Pátria. |
Antônia Alves Feitosa,
cujo apelido era Jovita, nasceu na província do Ceará e tinha apenas dezessete
anos quando o Brasil foi invadido pelo Paraguai. De origem familiar modesta,
logo percebeu no alistamento uma oportunidade de prover o seu sustento e
melhorar de condição social.
Para conseguir o
intento, apresentou-se como voluntária para servir no 2º Corpo de Voluntários
da Pátria, do Piauí, "vestida de homem e [com] cabelos cortados".
Seu plano, porém, não tardou em ser conhecido e Jovita logo teve sua verdadeira
identidade revelada.
Quando a notícia
da jovem moça que se voluntariara no Exército para ir à guerra chegou ao
presidente da província do Piauí, Franklin Dória (futuro Barão de Loreto e
fundador da Biblioteca do Exército), este imediatamente tratou de explorar o
fato a fim de utilizá-lo como estímulo para o recrutamento. Autorizou sua
partida, juntamente com a tropa, e lhe conferiu a graduação de 2º Sargento. Seu
Batalhão percorreu várias cidades até chegar ao Rio de Janeiro e, por onde
passava, os olhares de todos eram voltados a Jovita. O Jornal do Commercio,
de 27 de agosto de 1865, trouxe a seguinte nota a respeito da jovem que se alistara
como combatente para a guerra:
Será possível que o belo sexo de algumas províncias
esteja dando o exemplo, oferecendo-se para o serviço de guerra e alguns Srs.
Oficiais do efectivo serviço ainda [estejam] empregados nas fortalezas e
comissões outras, [em] que podem ser substituídos pelos reformados.
Após a chegada à
capital do Império, foi impedida de prosseguir para a guerra como militar
combatente, contudo, foi-lhe facultado ir como auxiliar, o que prontamente
recusou. Voltou a Teresina desgostosa e frustrada com a negativa que sofrera.
Sabe-se que
retornou depois ao Rio de Janeiro e teve um romance fracassado com um inglês,
que após pouco tempo a abandonou. A última notícia que se teve a respeito de
Jovita Feitosa foi que se suicidou na residência em que morava, no Rio de
Janeiro.
