quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Diferentes versões brasileiras sobre a Guerra da Tríplice Aliança

 

A Guerra do Paraguai - Histórias do Brasil - YouTube

1 A visão nacional-patriótica

             A primeira vertente historiográfica que surgiu sobre a Guerra da Tríplice Aliança recebeu o nome de nacional-patriótica. Tratava-se de uma visão mais tradicional, em que a maioria dos autores participou diretamente do conflito. Desse modo, narravam fatos que ainda estavam muito vívidos nas suas memórias. São exemplos desse tipo de corrente, as narrativas de Dionísio Cerqueira e do Visconde de Taunay.

Procuravam exaltar as ações e os feitos heroicos das tropas brasileiras, que estariam lutando contra um ditador sanguinário e megalomaníaco, o então presidente paraguaio Francisco Solano López.

Até a década de de 1960, foi comum aos historiadores conferirem ao Paraguai, e ao seu líder, a responsabilidade pelo conflito, que durou 6 anos e dizimou sua população, vitimando cerca de 100 000 pessoas entre aliados e guaranis. Nesta perspectiva, o país buscava uma saída para o mar, negada pelos argentinos, além da reivindicação de territórios. No entanto, teria este sido imprudente ao desafiar os vizinhos com maiores territórios, populações e potenciais bélicos.

Essa corrente tradicional sobre a guerra peca por um excessivo oficialismo e factualismo. Dessa forma, os seus personagens são tidos como modelos antagônicos que representam uma dicotomia simplista entre “Bem” e “Mal”. Outra característica é a importância demasiada na chamada História Batalha, com descrições minuciosas de aspectos técnicos militares e de táticas de guerra.

Apesar de atualmente já estar superada, essa vertente teve seu valor por conseguir deixar o legado de uma forte identidade nacional, centrada em grandes figuras históricas, como a do Duque de Caxias, ou do Marechal Osório, por exemplo.

 2 A visão revisionista

 A partir da década de 1960, iniciou um novo movimento que procurou compreender a Guerra da Tríplice Aliança de uma maneira distinta da visão tradicional e oficial. Foi a chamada visão revisionista.

De acordo com essa visão, o estado paraguaio era o mais progressista do bloco e havia feito seu desenvolvimento de maneira autônoma. Possuía uma economia agrícola, apesar de já em 1840 ser o único a contar com própria fundição. Estava sob domínio da família López, a qual fazia parte da elite agrícola

Em meados de 1860 teriam aumentado as conspirações contra o Paraguai, em solos brasileiros, uruguaios e argentinos, iniciando campanhas em jornais financiadas pela Inglaterra, seguidos pela invasão do Uruguai, que culminaria de fato na guerra.

A Inglaterra passou a ser a responsável pelo conflito, financiando diretamente os países componentes da Tríplice Aliança, Brasil, Argentina e Uruguai, a desencadearem tal guerra, com o objetivo de destruir o Paraguai, que teria um projeto de industrialização independente do imperialismo inglês, e lucrar com o fornecimento de subsídios para a manutenção do conflito.

No Brasil, essa versão foi profundamente implantada nas diversas escolas, através do jornalista e pseudo-historiador José Chiavenatto. Levado por motivos ideológicos relacionados com a situação política do Brasil nos anos de 1970/80, procurou desconstruir a versão tradicional. No entanto, não o fez seguindo o método histórico. Dessa forma, as versões revisionistas pecam por simplificações e nem sempre estão baseadas em investigações mais profundas.

 

3 As atuais correntes historiográficas sobre a guerra

             Um dos pesquisadores mais respeitados sobre o assunto na atualidade é o historiador Franscisco Doratioto. Para este, a guerra deve ser entendida como consequência da evolução dos Estados na região do Prata, fruto de um intrincado jogo de interesses pela hegemonia platina e não sob uma ótica maniqueísta, como uma luta entre bandidos e mocinhos.

            Dessa forma, novas abordagens estão sendo feitas no estudo desse conflito. Questões que antes foram relegadas a segundo plano passaram a ter importância.Os novos pesquisadores têm procurado abordá-lo, por um lado, de uma maneira distanciada da tradicional visão nacional-patriótica, e, por outro lado, rejeitam a perspectiva revisionista e simplista, visto que, na maioria das vezes, esta se baseia mais em postulados ideológicos do que em fatos históricos

            Aspectos psicossociais relativos à mobilização, ao dia a dia nos acampamento, às motivações dos combatentes, às condições sanitárias da tropa, dentre outras, tem proporcionado estudos inéditos sobre o tema. Para isso, os novos pesquisadores tem procurado fontes primárias novas, o que nos permite concordar com o pesquisador Bóris Fausto, ao dizer que estes novos estudos são mais coerentes, tendo em vista que se baseiam em documentos e buscam, até quanto seja possível, a imparcialidade.

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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

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COMENTÁRIO: Letra "B".

A escravidão não nasceu com o tráfico negreiro na África. Ela já era uma prática existente no continente. Porém, a questão é passível de recurso!



COMENTÁRIO:Letra : "B".

Tornou-se urgente adotar um Sistema de Colonização efetiva da terra. Isso se deu por meio da introdução do Sistema de Capitanias Hereditárias, em 1534. Devido ao fracasso desse sistema, visando a uma maior centralização do poder, foi instituído o Governo-Geral, em 1548, tendo Tomé de Sousa como primeiro Governador-Geral.

 

 COMENTÁRIO:Letra: "C"


São verdadeiras as alternativas:
I – Verdadeiro – As guerras e rivalidades entre os povos indígenas foi explorada pelos portugueses na tentativa de vantagens. Exemplo foi a aliança com os tupiniquins e a rivalidade dos portugueses com os tupinambás.
II – Falso – Os índios possuíam rivalidade entre si e não havia unidade política.
III – Verdadeiro – No início da colonização, vieram de Portugal para o Brasil, presos políticos, degradados, prisioneiros de guerra, dentre outros.
IV – Verdadeiro – Os indígenas rapidamente conseguiam identificar a qual lado deveriam se aliar, a fim de derrotar outras tribos rivais.





 COMENTÁRIO:Letra "A".


Os republicanos exprimiam a mais altas e contundentes críticas à Monarquia, portanto, está incorreta a alternativa, ao afirmar o contrário.




 COMENTÁRIO:Letra "E".


I – Verdadeiro – Um dos traços mais contundentes do Iluminismo foi a crítica ao Absolutismo e ao Antigo Regime que ele representava.
II – Verdadeiro. Membros da elite faziam seus estudos na Europa e voltavam para o Brasil com os ideais Iluministas.
III – Verdadeiro – A aspiração era antiga e se mostrou em vários movimentos ao longo da História do Brasil, como a Inconfidência Mineira, por exemplo.
IV – Falso - Na Inconfidência não havia um projeto claro sobre a abolição da escravatura, bem como foi um movimento das elites
V – Falso – Os líderes não eram da elite, pelo contrário, eram das camadas mais baixas.



COMENTÁRIO: Letra: "D".


A Balaiada foi um levante popular ocorrido na Província do Maranhão e na fronteira com o Piauí, liderada pelo “Manuel Balaio” e negro Cosme Bento.

COMENTÁRIO: Letra"A"

Política dos Governadores: o Presidente da República apoiava com todos os meios os Governadores estaduais. Em contrapartida, estes garantiriam a eleição dos candidatos oficiais do Governo, aprovando leis de seus interesses.

COMENTÁRIO:Letra "E".

A Aliança Democrática foi um acordo entre o PMDB e a Frente Liberal e  tinha por base as candidaturas de Tancredo Neves e José Sarney, cumprindo a promessa de derrotar o regime respeitando as “regras do jogo”.