quarta-feira, 29 de novembro de 2017

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS E PARTICIPAÇÃO NO IX ENCONTRO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA SOBRE AS OPERAÇÕES BÉLICAS NA GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA.




Entre os dias 22 a 25 de novembro de 2017, a Delegacia de Cruz Alta da Academia de História Militar Terrestre do Brasil participou do "IX Encontro Internacional de História sobre as Operações de Bélicas na Guerra da Tríplice Aliança", realizado na Cidade de Montevidéu, capital da República Oriental do Uruguai.
O editor do Blog, Gustavo de Araújo, e o historiador Ramon Vilas Boas, membros da Delegacia Sargento Zeferino Crepaldi, apresentaram os seguintes trabalhos, respectivamente: “A mobilização patriótica brasileira na primeira fase da Guerra da Tríplice Aliança” e “Instrução e preparo do Exército Imperial na Guerra da Tríplice Aliança”.
A seguir, seguem algumas fotos do evento. 

Exposição do Editor do Blog, Gustavo de Araújo.

Membros da Delegacia de Cruz Alta da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

Exposição de Ramon Vilas Boas.

Parte das comitivas do Brasil e do Paraguai durante visitação à Fortaleza de Santa Teresa.

Instituto Militar de Estudios Superiores (IMES), local onde ocorreram as exposições do primeiro dia.


sábado, 18 de novembro de 2017

PARTICIPAÇÃO NA RÁDIO CRUZ ALTA

          No dia 15 de novembro, o editor deste Blog participou de uma entrevista ao vivo para o Programa Ponto Crítico, na Rádio Cruz Alta. Na oportunidade, foi tratado do dia da Proclamação da República, importante data da História Nacional, que contou ativamente com a participação do Exército, naquela ocasião liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Foram, também, retiradas dúvidas e curiosidades dos ouvintes sobre o período. 
           Agradecemos à Rádio Cruz Alta pelo convite e pela oportunidade de compartilhar fatos tão caros à História Brasileira. 

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

BAGÉ SEDIA I ENCONTRO RIOGRANDENSE DE HISTÓRIA MILITAR

As atividades ocorreram no Salão Nobre da Prefeitura Municipal de Bagé.
              O I Encontro Riograndense de História Militar teve por objetivo inserir-se no movimento de renovação da História Militar a fim de criar um espaço de reflexão e debates que contemplem estudos voltados para essa temática. Desse modo, integra novos conceitos, com abordagens diferenciadas sobre o papel do Exército, que não se restringem aos conflitos bélicos. 
             Pioneiro no Rio Grande do Sul, o evento ocorreu sediado na cidade de Bagé, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro de 2017, no salão nobre da Prefeitura Municipal. Teve como apoio à sua realização diversos órgãos, como o Arquivo Público de Bagé, o Comando da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, dentre outros. 



quarta-feira, 25 de outubro de 2017

RESULTADO DA II OLIMPÍADA DA EASA DE HISTÓRIA MILITAR BRASILEIRA

        O Clube de História Visconde de Taunay realizou, no dia 18 de outubro de 2017, a 2ª edição da Olimpíada da EASA de História Militar Brasileira. A atividade contou com mais de 300 participantes, civis e militares, de três estados do país. Segue abaixo o resultado final:




quarta-feira, 13 de setembro de 2017

QUEM SOMOS



A Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) foi fundada no dia 1o de março de 1996, data do aniversário do término da Guerra da Tríplice Aliança contra Solano López e do início do ensino militar na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em Resende-RJ. Foi reorganizada em 23 de abril de 2012, no bicentenário da AMAN, como Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil (FAHIMTB) e conta, atualmente, com cinco Academias federadas, que funcionam com delegações de poderes específicos da FAHIMTB:
  •   A AHIMTB/Resende - Marechal Mário Travassos, junto à FAHIMTB na AMAN;
  • A AHIMTB/Distrito Federal - Marechal José Pessoa, com sede no Colégio Militar de Brasília;
  • A AHIMTB/Rio de Janeiro - Marechal João Batista de Mattos, com sede na Associação Nacional dos Veteranos da FEB (ANVFEB);
  • A AHIMTB/Rio Grande do Sul – General Rinaldo Pereira da Câmara, com sede no Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); e
  • A AHIMTB/São Paulo - Gen Bertoldo Klinger, com sede no Instituto Histórico Geográfico, Genealógico e Histórico de Sorocaba.
     A AHIMTB é destinada a desenvolver a História das Forças Terrestres do Brasil: Exército, Fuzileiros Navais, Infantaria da Aeronáutica, Forças Auxiliares e outras forças que as antecederam desde o Descobrimento.
     A Delegacia da AHIMTB "Heróis de Guararapes" surgiu como sucessora da "Delegacia Sargento Zeferino Crepaldi", que funcionou em Cruz Alta (RS) no período de 2015 a 2019.
     
        Possui como principal missão: 

Resgatar as memórias e tradições do Exército Brasileiro, com destaque para o estudo, o desenvolvimento, a divulgação e a valorização da nossa História Militar Terrestre.
          
             Nesse sentido, realiza atividades como:
  • Publicação de artigos científicos e trabalhos acadêmicos sobre História Militar;
  • Realização de palestras em escolas e órgãos públicos da região;
  • Apoio técnico na área de pesquisa histórica;
  • Conservação de obras raras e de documentos de elevado valor para a História;
  • Ligação com Espaços Culturais do Exército e com entidades civis; e
  • Participação em eventos nacionais e internacionais de História.



 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

A INTERDISCIPLINARIDADE E O ENSINO DE HISTÓRIA



Interdisciplinaridade.
 Interdisciplinaridade é um conceito que tem crescido em importância nos últimos anos no cenário da educação. Para melhor compreendê-lo, basta analisarmos as partes que compõem a palavra, subdividindo-a nos seus dois radicais básicos: inter e disciplina. Ou seja, as relações que são estabelecidas entre as diferentes disciplinas do saber humano. Mas, afinal, por que se tem dado tanta importância a isso?
    O momento atual em que vivemos é o da revolução digital, em que milhares de informações são transmitidas em questões de segundos. Os alunos de hoje, para compreenderem o mundo, se deparam com uma série de ligações e conexões muito maiores do que os de alguns anos atrás. Essa interdependência entre fatos e acontecimentos exige uma adequação proporcional na esfera da educação.
Nesse sentido, especificamente no que tange à História, não se pode pensar em um ensino ainda baseado apenas em memorizações de nomes e de datas. Ao contrário, deve-se desenvolver no aluno a capacidade do pensamento histórico, para que possa ter a competência crítica de analisar a realidade sob diferentes óticas. Por isso, a interdisciplinaridade nas aulas de História é essencial.
Um fato histórico não é, jamais, isolado de diferentes contextos, tais como: político, econômico, social, cultural, geográfico, religioso, étnico, etc. Dessa forma, é impensável restringir esse ensino a apenas algumas informações decoradas, que se limitam a reproduzir um pensamento alheio.
Para tanto, os professores podem criar projetos interdisciplinares, como, por exemplo, uma viagem, uma visita a um sítio histórico, a ida a um museu, ou mesmo uma pesquisa na biblioteca. Em atividades assim, os alunos, através de uma pesquisa de campo, conseguem congregar saberes relativos a diferentes áreas, ampliando sua compreensão sobre a realidade problematizada.
Escola visitando as ruínas de São Miguel das Missões.
Alunos realizando pesquisa na biblioteca.
 Com base no exposto, percebe-se que a prática do conhecimento histórico em sala de aula deve ser dinâmica e pró-ativa. Os alunos precisam aprender a fazer diversas conexões para interpretarem as informações que lhes são apresentadas e, assim, poderem transformá-las em conhecimento. Certamente, isso será facilitado através de uma abordagem interdisciplinar.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

OS VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA NA GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA



             Entre o final de 1864 ao inicio de 1870, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai se envolveram em um conflito armado que trouxe grandes consequências para a história desses países. Foi a chamada Guerra do Paraguai, também conhecida de Guerra da Tríplice Aliança, maior e mais sangrento confronto militar do continente sul-americano. No entanto, apesar de sua magnitude e dos reflexos trazidos para o nosso país, o tema não é devidamente estudado nem valorizado.
Na tentativa de não permitir que os eventos vividos por nossos milhares de militares durante a saga contra López sejam dissipados devido ao tempo e esquecidos pela História, nasceu a semente deste trabalho.
            Com a invasão dos territórios do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul pelo presidente paraguaio Solano López, o Império Brasileiro encontrou-se desprovido de recursos humanos e físicos para encarar uma guerra.
O efetivo de profissionais do Exército Brasileiro quando do conflito, orbitava em torno de 18 mil combatentes. Já as tropas paraguaias, possuíam em suas fileiras aproximadamente 80.000 homens, tendo em vista que López, desde a sua assunção ao poder, em 1862, vislumbrava ações bélicas na região do Rio da Prata.
            Para atender às necessidades militares, foram criados pelo imperador D. Pedro II, pelo Decreto nº 3371, de 07 de janeiro de 1865, os Corpos de Voluntários da Pátria:
"São creados extraordinariamente Corpos para o serviço de guerra, compostos de todos os cidadãos maiores de dezoito e menores de cincoenta annos, que voluntariamente se quizerem alistar(...).” Foi uma convocação aos brasileiros para a defesa da Pátria. Para tanto, o Imperador D. Pedro II foi o voluntário número nº 01.
            Como forma de estimular o alistamento, foram oferecidos soldos diários de 500 réis e gratificações no valor de 300 mil réis quando os soldados dessem baixa. Os militares teriam outras vantagens também, como acesso a terras agrícolas, direito a promoção por bravura, pensão por invalidez e por morte para os familiares. Em uma fase posterior, foi concedida liberdade aos escravos que combatessem.
Membros dos diversos setores sociais se alistaram. Inicialmente, muitos foram movidos pelo sentimento de indignação da ocupação do país pelos paraguaios. Negros escravos, brancos empobrecidos, e desempregados foram a grande maioria desse efetivo. Porém, houve o caso de pessoas abastadas que também se alistaram, como foi o caso de Dionísio Cerqueira e os paulistas que compunham o 7º Corpo de Voluntários. No entanto, com o prolongamento da guerra, os voluntários tornaram-se escassos e utilizou-se o alistamento, em alguns casos, forçado para completar as fileiras.
Distintivo de braço simbolizando os Voluntários da Pátria.
 Ao todo, foram criados 57 corpos. Cada corpo era comandado, preferencialmente, por um tenente coronel e possuía oito companhias, chefiadas por um capitão. Cada companhia contava com aproximadamente cem homens. Os regimentos eram originários de todas as regiões do país, com destaque para as províncias da Bahia, que cedeu maior contingente de militares, seguidas de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Estima-se que em toda a luta cerca de 140 mil militares participaram da guerra.            
Os Voluntários da Pátria foram responsáveis por diversas campanhas ao longo da guerra. Dentre as principais, citamos: a retomada de Uruguaiana; a Batalha de Tuiuti; a Batalha de Humaitá, as "Dezembradas" e a Campanha das Cordilheiras.
Foram heróis anônimos que lutaram pela soberania do país, sacrificando-se pela Pátria Brasileira, quando de sua luta contra o ditador paraguaio. Após o regresso ao Brasil, o fato de negros e brancos terem ombreado pela defesa do Brasil apressaram a abolição da escravatura e sinalizava para o declínio da Monarquia.
Ainda hoje, várias ruas do país fazem referência aos Voluntários da Pátria.