quarta-feira, 16 de maio de 2018

PIONEIRISMO PORTUGUÊS NAS GRANDES NAVEGAÇÕES


          Situado na porção mais oeste do continente europeu, Portugal, pequeno país ibérico, foi a primeira nação a se aventurar pelos mares desconhecidos. A conquista de Ceuta, ocorrida em 1415, sob o comando do Rei D. João I, foi o marco para o início da expansão ultramarina lusitana.
            O movimento que hoje conhecemos como Grandes Navegações, iniciado pelos portugueses, foi um feito de grande importância. Inclusive, muitos estudiosos consideram-no mais importante para o início da Idade Moderna do que a própria tomada de Constantinopla pelos árabes ou o advento da imprensa por Gutenberg. Entretanto, torna-se curioso o fato dessa empreitada ter sido realizada por um povo de território e populações pequenos, se comparados a outros países europeus da época. Vejamos, então, de forma resumida, os principais fatores que justificam o pioneirismo de Portugal em sua aventura "por mares nunca dantes navegados".
            Iniciaremos citando a localização favorável de Portugal. A grande maioria da população portuguesa vive, e sempre viveu, junto ao oceano. A atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. O mar teria sido o "destino natural" para os portugueses. Dessa forma, desde muito cedo deu-se grande incentivo à construção naval. Inovações ocorridas no continente europeu também tiveram grande influência: a bússola, o astrolábio, o quadrante, as armas de fogo e a as primeiras cartas náuticas. Entretanto, a caravela, invenção lusitana, é a que merece maior destaque, tendo sido a principal embarcação utilizada nas navegações além-mar.

            Outro elemento fundamental para entendermos as causas que levaram Lisboa a sair na frente nas expedições marítimas foi a precoce centralização política do país. A monarquia portuguesa consolidou-se com a Revolução de Avis que, ocorrida entre 1383-1835 e apoiada pela burguesia, permitiu o fortalecimento do poder nas mãos do novo rei, D. João I, na Batalha de Aljubarrota. A centralização política, portanto, foi fundamental, uma vez que a Coroa era a grande empreendedora da expansão marítima. Alguns historiadores atribuem à criação da Escola de Sagres, supostamente fundada pelo infante D. Henrique (1394-1460), filho de D. João I, papel destacado para o desenvolvimento das técnicas navais.
             O desejo de ampliar o comércio também serviu de estímulo ao projeto marítimo português. A expansão possibilitaria a abertura de novos mercados no oriente e a criação de novas rotas pelo mar. O comércio das especiarias, bastante lucrativo, era dominado pelos italianos, o que atraiu milhares de pessoas em busca de novos mercados fornecedores, particularmente nas Índias.             
         Elencamos como último ponto, e muitas vezes subestimado no estudo das Grandes Navegações o espírito cruzadístico da época, no contexto da Reconquista da Península Ibérica. Esse movimento era visto como uma forma de propagar a fé cristã contra os infiéis, chamados de mouros, possibilitando a evangelização dos "povos bárbaros".


       As navegações encabeçadas pelos lusitanos, portanto, foram um projeto de toda a nação. Portugal tornou-se o epicentro de milhares de europeus que, em busca de aventuras, de dinheiro ou de salvação, transformaram a expansão marítima desse pequeno país ibérico em um dos eventos mais importantes da História.

domingo, 13 de maio de 2018

EDITOR DO BLOG MINISTRA PALESTRAS DE HISTÓRIA MILITAR A ALUNOS DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS

Editor do Blog durante apresentação do Dia da Vitória (08/05).
           O editor do Blog e membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHiMTB) ministrou, nos dias 30 de abril e 08 de maio do corrente ano, palestras de História Militar aos alunos do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS). O público alvo estava composto de Sargentos de todos os Comandos Militares de Áreas do país, que se encontram realizando o curso na Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas (EASA), na cidade de Cruz Alta. 
        A primeira apresentação foi sobre o centenário da Missão Militar Francesa no Exército Brasileiro. Para a atividade, contou com a colaboração do Cel Malan, confrade da AHiMTB, que disponibilizou importante material como subsídio para a instrução. A segunda palestra foi sobre a Participação Brasileira na II Guerra Mundial, inserida dentro das comemorações relativas ao Dia da Vitória, comemorado há 73 anos.
Legado militar da Força Expedicionária Brasileira (FEB).


Contribuições da Missão Militar Francesa ao Exército Brasileiro.