O
Papa Urbano II, ao incitar o início das Cruzadas, no Concílio de Clermont, em
1095, tinha por principais finalidades: expulsar os muçulmanos de Jerusalém,
terra considerada sagrada para a Cristandade; restabelecer a unidade entre as
Igrejas do Ocidente e Oriente, ocorridas com o Cisma em 1054; e a estabilização
interna da Europa, que convivia com a presença de constantes guerras civis.
Além
disso, havia o interesse dos cavaleiros em expandir suas terras e aumentar suas
riquezas através das pilhagens às cidades conquistadas. Para os camponeses, era
a oportunidade de ascender socialmente e fugir das precárias condições sociais
da Europa Medieval.
Somado
a isso, não se pode menosprezar o próprio misticismo que o empreendimento das
Cruzadas carregava em si. A missão de libertar a Terra Santa e a ideia de
Guerra Santa, associada com valores de coragem e bravura, criou as condições
psicológicas necessárias para o início do movimento. O quadro a seguir traz um pequeno resumo dos resultados de cada Cruzada.
Cruzada
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Resultados
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Primeira
Cruzada
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Surgiram da
necessidade de reconquistar Jerusalém e de libertar o Santo Sepulcro da
dominação dos muçulmanos. Foi compreendida pela Cruzada dos Mendigos, pela
Cruzada dos Nobres e pela Cruzada de 1101.
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Segunda
Cruzada
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Foi uma
resposta à conquista de Edessa pelos árabes, entretanto os cristãos não
conseguiram reconquistar o território, porém conseguiram reconquistar Lisboa,
em 1147.
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Terceira
Cruzada
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Contou com a
participação dos reis da Inglaterra, da França e do Sacro Império Romano. Seu
objetivo era reconquistar Jerusalém, porém não foi alcançado. Entretanto, os
muçulmanos garantiram a abertura da cidade para peregrinos cristãos.
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Quarta Cruzada
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Esta cruzada
desviou-se de seus objetivos iniciais e foi dirigida para a conquista de Zara
e de Constantinopla pelos cruzados. Teve um apoio velado do papa, que
almejava uma reaproximação com a Igreja Cristã Ortodoxa.
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Quinta Cruzada
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Os cruzados
resolvem investir contra Cairo, no Egito. Os árabes tentam um acordo com
os cristãos, que não o aceitam. Por fim, os cruzados se retiram do Egito e
são obrigados a fazerem um acordo de trégua com os muçulmanos por um período
de 8 anos.
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Sexta Cruzada
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Não contou com
o apoio da Igreja Católica uma vez que seu principal líder, Frederico II, foi
excomungado. Foi firmada uma paz por 10 anos na região.
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Sétima Cruzada
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Após os dez
anos de trégua previstos com a cruzada anterior, os embates reiniciaram. Essa
cruzada foi marcada pela atuação do Rei Francês Luís IX, que devido aos seus
atos de bravura em prol da fé cristã, foi posteriormente canonizado pela
Igreja Católica, como São Luís.
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