domingo, 7 de maio de 2017

CRUZADAS: UMA MISTURA DE FÉ E AVENTURA



                O Papa Urbano II, ao incitar o início das Cruzadas, no Concílio de Clermont, em 1095, tinha por principais finalidades: expulsar os muçulmanos de Jerusalém, terra considerada sagrada para a Cristandade; restabelecer a unidade entre as Igrejas do Ocidente e Oriente, ocorridas com o Cisma em 1054; e a estabilização interna da Europa, que convivia com a presença de constantes guerras civis.
                Além disso, havia o interesse dos cavaleiros em expandir suas terras e aumentar suas riquezas através das pilhagens às cidades conquistadas. Para os camponeses, era a oportunidade de ascender socialmente e fugir das precárias condições sociais da Europa Medieval.
               Somado a isso, não se pode menosprezar o próprio misticismo que o empreendimento das Cruzadas carregava em si. A missão de libertar a Terra Santa e a ideia de Guerra Santa, associada com valores de coragem e bravura, criou as condições psicológicas necessárias para o início do movimento. O quadro a seguir traz um pequeno resumo dos resultados de cada Cruzada.
Cruzada
Resultados
Primeira Cruzada
Surgiram da necessidade de reconquistar Jerusalém e de libertar o Santo Sepulcro da dominação dos muçulmanos. Foi compreendida pela Cruzada dos Mendigos, pela Cruzada dos Nobres e pela Cruzada de 1101.
Segunda Cruzada
Foi uma resposta à conquista de Edessa pelos árabes, entretanto os cristãos não conseguiram reconquistar o território, porém conseguiram reconquistar Lisboa, em 1147.
Terceira Cruzada
Contou com a participação dos reis da Inglaterra, da França e do Sacro Império Romano. Seu objetivo era reconquistar Jerusalém, porém não foi alcançado. Entretanto, os muçulmanos garantiram a abertura da cidade para peregrinos cristãos.
Quarta Cruzada
Esta cruzada desviou-se de seus objetivos iniciais e foi dirigida para a conquista de Zara e de Constantinopla pelos cruzados. Teve um apoio velado do papa, que almejava uma reaproximação com a Igreja Cristã Ortodoxa.
Quinta Cruzada
Os cruzados resolvem investir contra Cairo, no Egito. Os árabes tentam um acordo com os cristãos, que não o aceitam. Por fim, os cruzados se retiram do Egito e são obrigados a fazerem um acordo de trégua com os muçulmanos por um período de 8 anos.
Sexta Cruzada
Não contou com o apoio da Igreja Católica uma vez que seu principal líder, Frederico II, foi excomungado. Foi firmada uma paz por 10 anos na região.
Sétima Cruzada
Após os dez anos de trégua previstos com a cruzada anterior, os embates reiniciaram. Essa cruzada foi marcada pela atuação do Rei Francês Luís IX, que devido aos seus atos de bravura em prol da fé cristã, foi posteriormente canonizado pela Igreja Católica, como São Luís.
 

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